sexta-feira, 19 de outubro de 2012

“Pero Vaz de Caminha”, de Oswald de Andrade


Pero Vaz de Caminha descreve as terras brasileiras com bons olhos, registra que de ponta a ponta é toda praia palma, muito chã e muito formosa, apesar de não ter visto ouro, prata e algum tipo de metal, Pero Vaz afirma que a terra é boa para a plantação, e que possui muitas águas.
   Com tudo isso, parece que o fator de maior importância para o escrivão naquele momento era os Índios, ele fala muito sobre eles em seu relato. Para ele os índios eram de fácil conversão ao cristianismo, ele não via nenhum tipo de religiosidade neles, em sua carta ele deixa bem claro ; “o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente. Esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar”.
   A carta se apresenta em estilo formal, porém é possível ver muita informalidade, trocadilhos, figuras de linguagem e subjetividade, elementos típicos de um texto literário.
   Oswald de andrade, cita os elementos mais importantes da carta, em seu poema intitulado “Pero Vaz de Caminha”, primeiro ele comenta sobre o descobrimento, depois sobre os selvagens (índios), logo adiante sobre o primeiro chá e finaliza aparentemente satirizando o modo com que Pero apresentou as Índias, fazendo o mesmo trocadilho com a palavra vergonha, que no texto possui duplo sentido. Sendo assim podemos ver a estreita relação da carta com uma obra do romantismo, com isso aumenta ainda mais a certeza de que está carta de Pero Vaz, foi um dos documentos mais importantes na história da nosso literatura, e a importância da consideração deste trabalho nas escolas e universidades, o que atualmente não está sendo muito visto.

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